A ministra do Ambiente visita hoje as áreas protegidas da serra do Açor e Mata da Margaraça afetadas pelo incêndio que deflagrou em Arganil e apresenta a maior área ardida de sempre em Portugal, com 64 mil hectares consumidos.

Segundo o relatório provisório do Instituto de Conservação da Natureza e Florestas (ICNF), o fogo que deflagrou no Piódão, no concelho de Arganil (distrito de Coimbra), e entrou em resolução no domingo, ao fim de 11 dias, apresenta uma área ardida de 64.451 hectares, ultrapassando a anterior marca do fogo que começou em Vilarinho, no concelho da Lousã, em outubro de 2017, que tinha atingido 53 mil hectares.

O incêndio que começou em Arganil afetou também os concelhos de Pampilhosa da Serra e Oliveira do Hospital (distrito de Coimbra), Seia (Guarda) e Castelo Branco, Fundão e Covilhã (Castelo Branco).

A visita da ministra, que será acompanhada por responsáveis do Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas (ICNF), Agência Portuguesa do Ambiente (APA) e Agência para o Clima (ApC), começa pelas 14:00, na "Casinha de Xisto Serra do Açor", e terá três paragens: Encosta fronteira à Mata da Margaraça, Centro de Interpretação da Paisagem Protegida da Serra do Açor e Fraga da Pena.

Hoje, também é notícia:

CULTURA

Wet Bed Gang, Plutonio, Matuê, Skunk Anansie e GNR são alguns dos destaques deste ano do Festival do Crato, no distrito de Portalegre, que arranca hoje, em paralelo com a Feira de Artesanato e Gastronomia do concelho.

Promovido pela Câmara de Crato, o festival, que teve a sua primeira edição em 1984, decorre no centro da vila e o programa deste ano, que decorre até sábado, integra 21 atuações, incluindo de DJ.

A festa começa já hoje, com um dia de entrada livre para todos, mesmo para quem não tem pulseira, que coincide com o dia de abertura da 39.ª edição da Feira de Artesanato e Gastronomia do Crato, a inaugurar às 19:00.

Os concertos começam hoje às 21:30, com os Vizinhos a darem o 'pontapé de saída' desta edição do Festival do Crato, seguidos pelas atuações de Os Raíz (com convidados especiais), Cutting Crew e Remember Old Times.

ECONOMIA

Os CTT suspendem temporariamente a partir de hoje o transporte de remessas postais de bens para os EUA, seguindo a mesma posição das principais empresas europeias do setor.

"Em virtude da descontinuação do regime de Minimis (isenção de taxas alfandegárias para mercadorias importadas) pelos EUA, os CTT irão suspender temporariamente o transporte de remessas postais contendo esses bens para os EUA em todos os produtos de correio, encomenda de serviço universal e encomenda expresso Internacional a partir do dia 26 de agosto", lê-se no comunicado.

Os envios destinados aos EUA contendo "exclusivamente documentos e as ofertas entre particulares de valor inferior a 100 dólares não serão impactados por esta medida", adiantam os CTT.

O envio de remessas contendo bens para os EUA "poderá continuar a ser assegurado através do produto Internacional Premium, para clientes contratuais da CTT Expresso, que permite envios até 30 kg com recolha e entrega no local mais conveniente, sendo as taxas suportadas pelos destinatários", referem os Correios.

A alteração do regime de Minimis nos EUA resultou de uma Ordem Executiva do Presidente norte-americano, Donald Trump, que entrará em vigor no dia 29 de agosto e elimina a isenção de tarifas, passando todas as remessas com destino aos EUA a pagar direitos alfandegários.

INTERNACIONAL

O Irão e o Reino Unido, a França, a Alemanha e a União Europeia (UE) reúnem-se hoje em Genebra para tentar retomar as negociações nucleares antes do fim do prazo dos europeus para reimpor as sanções da ONU contra Teerão.

Este é o segundo encontro entre o país persa e os europeus desde a guerra de 12 dias entre o Irão e Israel, em junho, depois da reunião de 25 de julho em Istambul.

Esta reunião terá lugar dias antes do fim do ultimato dado a Teerão por Londres, Paris e Berlim para restabelecer as sanções internacionais das Nações Unidas até ao final do mês, a menos que o Irão retome as negociações com os Estados Unidos e a comunidade internacional sobre o seu programa nuclear.

O restabelecimento das sanções internacionais prejudicaria ainda mais a fragilizada economia iraniana, que sofre com uma inflação galopante de 40% e a sua moeda (rial) em declínio contínuo em relação ao dólar, e tornaria ainda mais difícil o comércio com outras nações, além de atravessar uma crise energética e seca severa.