Pelo segundo dia consecutivo, os cinco distritos mais a norte de Portugal continental, Viana do Castelo, Braga, Porto, Vila Real e Bragança, estão hoje sob aviso vermelho devido ao calor.

O aviso vermelho, o mais elevado numa escala de três, deve-se, segundo o Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA), à persistência de valores extremamente elevados da temperatura máxima, exceto na faixa costeira.

Das 00:00 às 17:00 de segunda-feira, a Proteção Civil registou 77 incêndios florestais e agrícolas, envolvendo 1.697 operacionais, 440 meios terrestres e 90 missões com meios aéreos, principalmente na região norte.

Portugal continental está desde domingo em situação de alerta devido ao elevado risco de incêndio nos próximos dias. A situação de alerta prolonga-se até às 23:59 de quinta-feira, 07 de agosto.

Os avisos vermelhos para os cinco distritos do norte estão em vigor desde as 12:00 de segunda-feira e prolongam-se até às 18:00 de hoje.

A partir dessa hora Braga e Porto e Viana do Castelo passam a aviso amarelo, pela "persistência de valores elevados de temperatura máxima no interior do distrito", mas Bragança e Vila Real ficam em aviso laranja, o segundo mais grave, devido aos valores muito elevados da temperatura máxima.

Braga e Évora deverão, segundo o IPMA, chegar hoje aos 41ºC (graus celsius). Na quarta-feira há previsão de uma pequena descida da temperatura em todo o continente.

Hoje também é notícia:

INTERNACIONAL

A situação dos reféns israelitas ainda retidos na Faixa de Gaza é hoje abordada numa reunião do Conselho de Segurança da ONU, solicitada por Israel.

Na véspera da reunião, o ministro dos Negócios Estrangeiros israelita, Gideon Sa'ar, afirmou que Telavive quer colocar a questão dos reféns em Gaza "no centro da agenda global".

A divulgação, desde quinta-feira, pelo movimento islamita palestiniano Hamas e pelo aliado Jihad Islâmica de vídeos que mostram dois reféns israelitas gravemente debilitados e esqueléticos provocou indignação internacional e reacendeu o debate em Israel sobre a necessidade de se chegar a um acordo o mais rapidamente possível sobre um cessar-fogo em Gaza e para libertar os reféns.

A guerra em curso em Gaza foi desencadeada pelos ataques liderados pelo grupo extremista palestiniano Hamas em 07 de outubro de 2023 no sul de Israel, que causaram cerca de 1.200 mortos e mais de duas centenas de reféns. A retaliação de Israel já provocou mais de 60 mil mortos no enclave.

Israel estima que cerca de 50 reféns ainda se encontram em Gaza, dos quais apenas 20 estarão vivos.

SOCIEDADE

O período de consulta pública da nova Estratégia Nacional de Educação para a Cidadania e das aprendizagens essenciais da disciplina termina, depois de o prazo ter sido alargado devido a falhas provocadas pela elevada afluência.

A nova Estratégia Nacional de Educação para a Cidadania (ENEC), que vai substituir a anterior, de 2017, e as novas aprendizagens essenciais, que vão passar a regular a disciplina de Cidadania e Desenvolvimento, foram tornadas públicas em 21 de julho e estão desde então em consulta pública.

As alterações à disciplina de Cidadania e Desenvolvimento, em particular, têm gerado polémica, uma vez que o novo guião da disciplina parece dar menos atenção a temas anteriormente contestados por alguns movimentos conservadores, como a sexualidade.

Assim que o documento foi tornado público -- quase um mês depois de o Governo apresentar as linhas gerais e assegurar, na altura, que não seriam eliminados temas -- multiplicaram-se as críticas de associações e especialistas contra a aparente ausência da Educação Sexual.

Perante a contestação, o Ministério da Educação, Ciência e Inovação garantiu, no entanto, que o tema não vai desaparecer das aulas de Cidadania e Desenvolvimento, apesar de não serem mencionadas as palavras "sexual" ou "sexualidade", nem vai deixar de ser lecionado de forma transversal, recordando a lei de 2009 que estabelece o regime de aplicação da educação sexual em meio escolar.

Delegações de 170 países da ONU reúnem-se até 14 de agosto, em Genebra (Suíça), para tentarem alcançar um acordo global vinculativo para travar a produção de plásticos e proteger a saúde humana e ambiental.

As negociações, nas quais também participará uma delegação portuguesa, iniciam-se com um impasse entre o acordo ficar limitado à gestão de resíduos plásticos ou vir a adotar metas concretas e obrigatórias de redução da sua produção até 2040, segundo fontes ouvidas pela Lusa.

Nas vésperas do início da reunião de 10 dias -- designada como segunda parte da quinta sessão do Comité de Negociação Intergovernamental das Nações Unidas (INC-5.2) - a coordenadora do Pacto Português para os Plásticos, Patrícia Carvalho, afirmou que esta é "uma oportunidade única para, de forma coletiva, se procurarem soluções".

Segundo a ONU, 17 milhões de barris de petróleo são usados para a produção de plástico todos os anos.

Por ano, são usados 500 mil milhões de sacos de plástico enquanto, por minuto, um milhão de garrafas de plástico são compradas.