"Estamos prontos para tratar de garantias de segurança para o país que agora se chama Ucrânia", disse Lavrov numa conferência de imprensa em Moscovo sobre o balanço da diplomacia russa em 2024 e os desafios para 2025.
Lavrov afirmou que "parte desse país" já tomou uma decisão de integração na Rússia, referindo-se à Crimeia, Donetsk, Lugansk, Zaporijia e Kherson, cujas anexações foram declaradas com base em referendos não reconhecidos internacionalmente.
O ministro dos Negócios Estrangeiros russo defendeu que, antes de mais, devem ser eliminadas as ameaças à segurança da Rússia no seu flanco ocidental, aludindo à expansão da NATO, segundo a agência espanhola EFE.
Referiu que o lugar de Moscovo no futuro sistema de segurança euro-asiático deve ser determinado, dado que, segundo acusou, as potências ocidentais têm utilizado a Ucrânia ao longo dos anos como um instrumento "para enfraquecer a Rússia".
"Mas o contexto euro-asiático será o dominante" nas negociações, uma vez que a parte ocidental do continente europeu não pode ignorar "gigantes como a China, a Índia e a Rússia", e também os países do Golfo Pérsico e do Sul da Ásia, afirmou.
Apelou também à NATO para que renuncie à tentação de interferir nos assuntos de regiões longe da sua esfera de influência tradicional, como a Ásia-Pacífico e, em particular, o Estreito de Taiwan, a Península da Coreia e o Cáucaso.
O Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, exige garantias de segurança aos Estados Unidos e à NATO antes de se sentar à mesa das negociações com a Rússia.
A principal condição da Rússia para um acordo é que Kiev renuncie definitivamente às aspirações de aderir à Aliança Atlântica.
Moscovo fez essa exigência na forma de um tratado, que foi rejeitado, antes de invadir a Ucrânia em fevereiro de 2022, dando início a uma guerra ainda sem fim à vista.
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