A OMV disse que a Gazprom informou que as entregas de gás seriam interrompidas a partir de sábado, decisão que coloca um fim a quase seis décadas de dependência energética por parte da Áustria, que ainda este Verão importou 90% do seu gás da Rússia, parte dele através da Ucrânia.
"A Rússia está mais uma vez a usar a energia como uma arma", reagiu a ministra austríaca do Ambiente e da Energia, Leonore Gewessler, na rede social X.
"A Áustria prepara-se há muito tempo para esta situação", acrescentou a ministra, explicando que o fornecimento de energia à população está garantido, com tanques de armazenamento cheios, com a capacidade oferecida pelos gasodutos de Itália e da vizinha Alemanha.
Sendo a primeira empresa ocidental a assinar um contrato energético com a União Soviética em 1968, a OMV multiplicou as suas fontes de abastecimento desde o início do conflito na Ucrânia.
Esta decisão da Gazprom foi tomada em reação ao anúncio feito na quarta-feira pela OMV de uma sentença arbitral que lhe confere o direito de reclamar 230 milhões de euros como compensação por problemas de abastecimento passados.
A empresa - detida em quase um terço pelo Estado austríaco -- disse que já aguardava uma deterioração da sua relação contratual com a Gazprom Export, incluindo uma eventual interrupção do fornecimento de gás.
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