
A Rússia e a Ucrânia trocaram 146 prisioneiros de guerra de cada lado, num total de 292, anunciou hoje o Ministério da Defesa russo, num momento em que decorrem esforços diplomáticos para resolver o conflito.
Hoje, "146 militares russos regressaram do território controlado pelo regime de Kiev", informou o ministério no Telegram, acrescentando que "146 prisioneiros de guerra ucranianos foram entregues em troca", graças aos esforços de mediação dos Emirados Árabes Unidos.
Oito residentes da região fronteiriça russa de Kursk, "detidos ilegalmente" pela Ucrânia, foram também entregues à Rússia, segundo a mesma fonte.
As forças ucranianas entraram na região de Kursk em agosto de 2024, ocupando partes da mesma durante vários meses, antes de serem repelidas pelas forças russas na primavera, com a ajuda de combatentes norte-coreanos.
"Testemunhei pessoalmente este acontecimento feliz", escreveu a comissária russa para os direitos humanos, Tatiana Moskalkova, no Telegram, referindo-se à entrega dos oito residentes da região de Kursk à Rússia, que, segundo a própria, ocorreu em solo bielorrusso.
Num vídeo divulgado por Moskalkova, podem ver-se estas pessoas, na sua maioria mulheres idosas, a falar com ela e a sorrir num miniautocarro.
A troca de prisioneiros e de corpos de soldados mortos é uma das últimas áreas em que Moscovo e Kiev continuam a cooperar, mais de três anos e meio depois do início do ataque russo à Ucrânia.
As duas partes em conflito trocaram milhares de prisioneiros este ano, em conformidade com os acordos assinados durante três rondas de negociações diretas em Istambul, de maio a julho, sendo estas trocas o único resultado concreto dessas reuniões.
Durante a última reunião neste formato, em julho, as duas delegações apenas reconheceram a "distância" entre as suas posições sobre o fim do conflito.