
A posição foi assumida pelo deputado social-democrata Alexandre Poço no período de declarações políticas da Comissão Permanente, órgão que funciona quando a Assembleia da República está dissolvida ou em período de férias.
Alexandre Poço referiu-se a afirmações passadas do líder do PS, Pedro Nuno Santos, e do presidente do Chega, André Ventura, na defesa do alívio da retenção na fonte no IRS, acusando os dois lideres partidários de incoerência e de "desonestidade, mentira e desinformação em tempo de campanha eleitoral" para "enganar os portugueses".
"Podem tentar enganar os portugueses, mas os portugueses não são parvos. Se merecermos a confiança dos portugueses a 18 de maio para continuar a governar, continuaremos a baixar o IRS", acrescentou.
O social-democrata disse que a "oposição não consegue lidar com o facto de as coisas estarem a correr bem, mesmo que para isso tenham de dizer o contrário do que disseram no verão passado".
Alexandre Poço elencou também o que considerou serem avanços do atual Governo no setor da saúde, afirmando que aumentou o número de portugueses com médicos de família, bem como o número de cirurgias e consultas de especialidade.
O deputado salientou que o Governo chegou a acordo com "médicos, enfermeiros, farmacêuticos, técnicos de emergência pré-hospitalar, técnicos superiores de diagnóstico e terapêutica, nunca abdicando o SNS como pilar, mas contando com todos os setores".
Alexandre Poço abordou ainda política migratória do Governo, afirmando que foi dada resposta "a um dos maiores choques demográficos" da história do país, pelo aumento de imigrantes que chegaram a Portugal."
"O Estado não se preparou (...) desta forma tivemos de mudar drasticamente a política de imigração. Fechámos a porta escancarada da manifestação de interesses, criámos uma estrutura para resolver os casos pendentes, corrigimos o regime de entrada, fizemos um acordo com as empresas, recuperámos a capacidade de controlo das fronteiras, e os resultados são já significativos", afirmou.
O social-democrata defendeu que as políticas do Governo tiveram impacto até nos partidos da oposição, afirmando que o PS "abandonou o facilitismo" nesta matéria e que o Chega e a esquerda "deixaram de liderar o debate na imigração".
TYRS // SF
Lusa / Fim