
A candidatura do PS-Madeira às eleições legislativas nacionais do próximo domingo defendeu, esta terça-feira, 13 de Maio, a necessidade de mais apoios estatais direccionados para o cuidado aos idosos, quer por via do acréscimo dos montantes destinados às estruturas residenciais (lares), quer também na promoção da autonomia e da vida independente, garantindo melhores condições ao nível domiciliário.
Esta manhã, os socialistas estiveram reunidos com a direcção da Santa Casa da Misericórdia do Funchal, que, neste momento, ao abrigo das verbas do Plano de Recuperação e Resiliência, no valor de 10 milhões de euros, está a investir no reforço de 115 camas na estrutura residencial para idosos.
Na ocasião, Sofia Canha apontou as dificuldades com que se confrontam as IPSS e as Misericórdias que prestam estes serviços, salientando a necessidade de o Estado assegurar condições financeiras para que possam continuar a desempenhar as suas funções, garantindo cuidados dignos às pessoas que se encontram institucionalizadas.
A número dois da candidatura do PS defendeu que o Estado social deve contribuir para criar as condições para um envelhecimento digno, sendo que, além do reforço da rede de cuidados em instituições, é determinante a promoção da autonomia e da vida independente, assegurando, para isso, a melhoria das condições domiciliárias.
Relativamente às instituições, Sofia Canha referiu que, neste momento, o Estado cobre 42% das suas despesas, sendo que, além dos cuidados em si, as mesmas têm de assumir os custos com os trabalhadores. “São encargos que as instituições têm, quando estão elas próprias a fazer um serviço do Estado. O Estado delega nestas instituições o cuidado ao idoso”, criticou. Na sua ótica, tendo em conta as funções que desempenham, o Estado deveria ser obrigado, em termos éticos, a financiar estas instituições e a cobrir estas despesas, para garantir não só o bem-estar dos idosos que estão à sua guarda, como também para assegurar melhores condições laborais para os trabalhadores.
A socialista apontou ainda a importância cada vez maior de apostar neste campo, alertando que, em dez anos, o número de pessoas em lista de espera para lares passou de 1.000 para mais de 2.000 e que o aumento do número de camas previsto (792) é insuficiente para colmatar as necessidades.