
O candidato do Partido Socialista (PS) à presidência da Câmara Municipal do Funchal alertou, esta sexta-feira, para o elevado risco de incêndio nas serras sobranceiras à cidade, referindo que é "fruto da negligência da autarquia e do Governo Regional no que toca à limpeza e manutenção da zona florestal."
Rui Caetano, que esta manhã esteve nas serras de Santo António, São Roque e Areeiro, alertou para o "verdadeiro barril de pólvora" em que se transformaram aquelas zonas, inclusive já em partes do Parque Ecológico do Funchal. “Ao olharmos para as serras da nossa cidade, em vez de conseguirmos vislumbrar a biodiversidade, aquilo que vemos é uma monocultura de giesta e carqueja, que põem em perigo a nossa cidade em caso de incêndio”, afirmou, dando conta da elevada carga combustível que estas plantas invasoras representam e alertando para o facto de estarmos a entrar num período de temperaturas elevadas, muitas vezes com ventos fortes.
O candidato socialista lembrou a catástrofe dos incêndios que atingiram o Funchal em 2016 e advertiu que são necessárias outras políticas de prevenção e protecção da floresta, através de um modelo integrado que envolva quer o sector público (Câmara, Governo e juntas de freguesia), quer também os privados.
Como realçou Rui Caetano, é necessário envolver a população na gestão do território para torná-lo mais seguro, incentivando as actividades tradicionais que reduziam a carga combustível, nomeadamente a agricultura, a produção florestal e o pastoreio.
Em nota enviada, considera "urgente identificar as áreas mais críticas sobre o Funchal e aí criar zonas de descontinuidade, onde passem rebanhos que promovam a limpeza da carga combustível, o que permitirá travar o fogo, quando e se este surgir."
Rui Caetano defende também a criação de mais unidades locais de protecção civil, capacitando as pessoas para, em caso de incêndio, saberem como agir para melhor garantir a proteção das suas vidas e dos seus bens.