Carney - cujo Partido Liberal obteve uma vitória esmagadora nas eleições de abril, em parte pela sua postura contra as declarações de Trump a defender que o Canadá se tornasse o 51º estado dos EUA -- teceu ainda duras críticas ao convite feito pelo Rei Carlos III do Reino Unido, que é também chefe de Estado do Canadá, para uma segunda visita oficial do inquilino da Casa Branca.

Embora tenha dito não ter ficado surpreendido com o convite real a Trump, Carney lamentou a decisão e voltou a criticar o Presidente dos EUA.

De acordo com o canal televisivo britânico Sky News, o chefe de Governo do Canadá lamentou as ações do primeiro-ministro britânico, Keir Starmer, que tem mostrado abertura à política externa de Trump.

Foi Starmer quem, em fevereiro, entregou pessoalmente o convite de Carlos III a Trump para uma nova visita ao Reino Unido.

Para Carney, esse convite dificultou a resposta política que o seu país procurava dar a Trump face às "ameaças à sua soberania".

Londres e Washington celebraram no dia 08 deste mês um acordo comercial que vai eliminar as tarifas aduaneiras impostas pelos EUA sobre o aço e o alumínio britânicos de 25% para 0% e do setor automóvel de 27,5% para 10%. 

O acordo vai também abrir o mercado britânico à carne bovina pela primeira vez, uma de "numerosas barreiras" que permitirão um maior acesso ao mercado do Reino Unido.

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