O Presidente sul-coreano, Lee Jae-myung, disse que vai abordar "sem limites" todas as questões relacionadas com a Coreia do Norte na cimeira com o homólogo norte-americano, Donald Trump, prevista para hoje.

"Quer se trate do problema nuclear [norte-coreana] ou de qualquer outro, o relacionado com a paz e a estabilidade na península é o mais crucial para a segurança da Coreia do Sul", disse hoje Lee, a bordo do avião presidencial, durante um voo com destino aos Estados Unidos, de acordo com a agência de notícias sul-coreana Yonhap.

Lee apresentou recentemente um plano de desnuclearização em três fases para a Coreia do Norte, que passa por persuadir Pyongyang a congelar, reduzir e, eventualmente, desmantelar o programa de armas nucleares.

A Coreia do Sul vai acolher a próxima cimeira da Cooperação Económica Ásia-Pacífico (APEC), no final de outubro, que poderá servir de plataforma para melhorar as relações intercoreanas, havendo especulações sobre um possível convite ao líder norte-coreano, Kim Jong-un, ou mesmo um encontro entre Kim e Donald Trump à margem do evento.

A este respeito, Lee limitou-se a dizer que a situação atual é muito mais complexa do que a atmosfera de breve desanuviamento das relações nos Jogos Olímpicos de Inverno de PyeongChang de 2018, já que Pyongyang acelerou o programa de armamento e aumentou a hostilidade para com Seul.

No plano militar, o Presidente sul-coreano afirmou que é difícil que a cimeira de hoje decida flexibilizar a utilização estratégica das Forças dos EUA na Coreia (USFK, na sigla em inglês), considerando que se trata de uma questão que exige um planeamento a longo prazo.

Com essa flexibilização, Washington procuraria envolver as USFK em destacamentos fora da península, incluindo no âmbito de possíveis crises envolvendo a China e Taiwan, que é um ponto sensível na relação entre Seul e Pequim.