Para o secretário-geral do PS, a declaração do primeiro-ministro foi de "mera propaganda pessoal" a "conselho de consultores" e que "só não é promotora de alame social porque foi ridícula".
Em declarações aos jornalistas no Parlamento, Pedro Nuno Santos acusou Luís Montenegro de se "estar a apropriar de resultados de entidades muito importantes que fazem o seu trabalho" com um conjunto de meio que foi providenciado pelo anterior Governo.
Nas declarações, Pedro Nuno Santos atirou ainda ao facto de Montenegro não ter tido a mesma solenidade de fazer uma declaração ao país aquando dos tumultos na grande Lisboa, da "crise do INEM e das onze mortes" e ainda ao ter, por outro lado, "desvalorizado" um assunto tão grave como "a violência doméstica". "Não tivemos direito a um peso de uma declaração como a de ontem", criticou.
"O primeiro-ministro tem de revelar sentido de Estado. Não foi isso a que assistimos ontem", disse. Para o socialista, o primeiro-ministro quis "desviar a atenção para outros temas" como a portaria sobre a lista de espera na saúde, que refere que há um aumento das listas para cirurgias e que com isso há um "desviar de recursos públicos para o negócio privado da saúde". Serviu para "se discutir um tema e deixar de discutir outras importantes para o país", notou.