
Pedro Miguel Neves foi reeleito esta sexta-feira, 18 de Julho, presidente da comissão política concelhia do CDS-PP em São Vicente, na sequência da eleição da estrutura local do partido.
Empresário local e actual deputado municipal, Pedro Neves assumiu novamente a liderança da concelhia, afirmando que o principal objectivo da nova equipa será reforçar a presença do partido no concelho ao longo do próximo mandato de três anos. A aposta passa por melhorar os resultados nas próximas eleições autárquicas, em que o CDS irá concorrer em coligação com o PSD, e aumentar a representação do CDS-PP nos diferentes órgãos autárquicos, como a Assembleia Municipal e as Juntas de Freguesia.
Durante a cerimónia, esteve também presente o presidente do CDS-PP Madeira, José Manuel Rodrigues, que destacou a eleição como um sinal da mobilização do partido em várias zonas do arquipélago, com vista às autárquicas. O líder centrista sublinhou ainda a intenção de integrar novos elementos, oriundos da Juventude Popular e da sociedade civil, nas estruturas dirigentes locais: "É objetivo do CDS reimplantar o partido, aproveitando para introduzir nestes mesmos órgãos dirigentes, novos quadros, quer os originários da Juventude Popular, quer da própria sociedade civil, de pessoas e jovens que têm vindo a aderir ao CDS."
O líder regional centrista abordou igualmente preocupações relacionadas com o despovoamento no Norte da Madeira e defendeu a continuação de medidas que promovam o investimento privado e o emprego nessas zonas, através de incentivos fiscais e fundos europeus.
O governo regional tem feito um esforço no sentido de baixar o IRC para a costa Norte e para o Porto Santo. Isso tem permitido atrair empresas e criar emprego. Também tem havido uma majoração dos incentivos da União Europeia que são aplicados ao setor primário, ao sector secundário e, também, ao sector terciário.
José Manuel Rodrigues alertou ainda para as propostas do próximo quadro comunitário de apoio 2028-2034, apresentadas pela Comissão Europeia, que prevêem cortes no Fundo de Coesão e uma centralização da sua gestão nos Estados-membros, mudanças essas, disse, que contrariam os princípios da subsidiariedade e da coesão territorial.
Isto contraria o princípio da subsidiariedade que está inscrito no tratado da União Europeia e sobretudo se for para a frente, esperemos que isso não aconteça, não vai contribuir para uma maior coesão territorial, económica e social, que afinal o objetivo principal da própria União, que é ajudar ao desenvolvimento das regiões e dos conselhos mais pobres, elevando a sua qualidade de vida para os patamares médios europeus. É por isso que temos que fazer um grande esforço no sentido do Parlamento Europeu e nas instituições europeias, lutar para que este orçamento seja alterado e que se possa ter um orçamento que não corte verbas do Fundo de Coesão e sobretudo que mantenha os princípios de descentralização desse mesmo Fundo de Coesão e dos fundos europeus que devem continuar a ser geridos pelas regiões. No caso da Madeira e do Açores, pelas regiões autónomas, como as regiões insulares e ultraperiféricas.