Francisca Freitas é uma assistente social que diariamente lida com familiares que optaram por manter os seus idosos junto de si, mas que num primeiro momento se sentiram “um pouco perdidos” quando assumiram a responsabilidade de zelar pelo seu ente querido.

“Na nossa clínica preenchemos sempre um formulário com o familiar responsável, porque muitas vezes este também se sente um pouco perdido. O nosso protocolo começa com uma avaliação gratuita ao domicílio, onde um profissional da área, que normalmente é uma enfermeira, avalia o contexto familiar, se a casa está preparada para receber o idoso em termos de segurança e o que necessita para no final apresentar o diagnóstico à sua família. Isto pode ser replicado pelas famílias. É importante fazer uma avaliação a tudo primeiro, para garantir as melhores condições e cuidados”, referiu a assistente social que trabalha para o Madeira Quality Care, uma clínica especializada em cuidados para idosos.

Para Francisca Freitas é fundamental a divisão de tarefas para evitar sobrecarregar uma pessoa só, explicando que “ninguém precisa de cuidar de um idoso sozinho”, porque pode levar ao isolamento e até a consequências mais graves como exaustão e esgotamento.

“Ninguém precisa de cuidar sozinho. Já existem muitos meios, serviços e apoios. Pedir ajuda pode evitar o isolamento, o esgotamento e o cansaço. Melhora a qualidade de vida da família e do próprio idoso. Pedir ajuda não é uma fraqueza”, referiu ao DIÁRIO-Saúde.

A assistente social lembrou que mesmo que o idoso se mantenha junto da família, muitas vezes este tem de deixar a sua casa, tendo enumerado várias dicas de como melhorar esta adaptação e qual é a importância de ouvir o idoso.

Cuidar em casa é um acto de amor e de responsabilidade. Em casa os idosos têm o afecto, as memórias e a segurança emocional que mais nenhum lugar lhes pode dar totalmente. Tudo isto é muito importante, porque faz com que as memórias se mantenham vivas, as lembranças da juventude e permite que não se esqueçam de quem são ou de quem foram também.

Assista à entrevista, presente no canal do DIÁRIO, no YouTube, para ficar a saber que mudanças devem ocorrer no seio familiar e na própria casa e o que muitas vezes é esquecido nestas situações, mas que faz toda a diferença.