Os festejos deste ano do Orgulho LGBTQ+ devem acontecer num recinto fechado, em vez de nas ruas como é habitual, anunciou o chefe de gabinete do primeiro-ministro da Hungria, Viktor Orbán. A ideia, alega, éassegurar a “proteção das crianças”.

O plano de restrições aos festejos da comunidade LGBTQ+ foi revelado esta quarta-feira. Em declarações ao site noticioso húngaro "24", o chefe degabinete de Orbán, Gergely Gulyás, afirmou que o evento seria diferente este ano. Sublinhando o objetivo de “proteger as crianças”, defendeu que não haveria tanto risco se o Orgulho acontecer “num espaço fechado”.

A comunidade LGBTQ+, citada pelo The Guardian,respondeque os eventos do Orgulho (Pride) são para toda a família e que não representam qualquer ameaça para as crianças.

Todos os anos, os participantes do Orgulho LGBTQ+ marcham na espaçosa Avenida Andrássy, no centro de Budapeste.

Viktor Orbán tinha já dito que os organizadores do evento LGBTQ+“nem sequer se deviam incomodar” este ano, uma vez que seria “uma perda de tempo e de dinheiro.

O primeiro-ministro húngaro, que lidera o partido nacional-conservador Fidesz (União Cívica Húngara), está no poder desde 2010. Orbán, que é próximo de Donald Trump tomou medidas como a proibição da “promoção da homossexualidade” junto de menores. Também o casamento homossexual não é reconhecido na Hungria e a adoção por parte de casais gay foi limitada.

As políticas limitadoras de liberdades e direitos LGBTQ+ já fizeram com que a Comissão Europeia levasse a Hungria ao Tribunal de Justiça da UE.