"O CDS não vive de uns fogachos parlamentares. Aliás, o CDS não desapareceu apesar de, conjunturalmente, num tempo curto não ter estado na Assembleia da República", defendeu Nuno Melo na sua primeira intervenção no 31.º Congresso do CDS-PP, que decorre hoje e domingo, em Viseu, na qual começou por fazer um balanço dos últimos dois anos em que esteve à frente do partido.

O líder centrista salientou que o CDS "resistiu sempre", nomeadamente em seis presidências de Câmaras Municipais, "conquistadas em listas próprias, não dependendo de ninguém", mas também noutras nas quais partilha o executivo com sociais-democratas, dando como exemplo o Porto com "o independente Rui Moreira".

"Há dois anos prometi-vos que o meu primeiro ato simbólico, mas político, seria aparafusar naquela parede da Assembleia da República, a nossa placa que fez notícia quando saiu. Apertei-a eu, está lá, no que depender de nós de nunca mais de lá sairá. Está lá no lugar que lhe pertence por direito, está lá onde trabalhando faremos por a merecer todos os dias", assegurou, num momento em que levantou os congressistas presentes.

Melo defendeu que "a casa mãe de democracia é por essência a casa do CDS" e que o partido "ajuda a construir a democracia".

"Assim será de novo com o Paulo Núncio e o João Almeida, que são dois [deputados] mas, acreditem, valerão por 50, disso ninguém duvide", frisou.

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