A defesa de Fernando Medina confirma que o ex-ministro já prestou declarações no inquérito da Operação Tutti Frutti e sublinha que foi o próprio quem pediu que lhe fosse retirada, com caráter de urgência, a imunidade parlamentar.

Num comunicado enviado, esta terça-feira, à comunicação social, depois das notícias que deram conta de que Fernando Medina foi constituído arguido, estando a ser investigado por suspeitas de prevaricação quando era autarca de Lisboa, a defesa de Medina afirma que nada há a acrescentar quanto a buscas feitas no âmbito da Operação Tutti Frutti.

“O Dr. Fernando Medina já prestou declarações em inquérito, nada mais havendo de novo ou a acrescentar”, pode ler-se, na nota enviada aos órgãos de comunicação social

A defesa de Fernanda Medina insiste que, desde o levantamento de imunidade parlamentar para ser ouvido na qualidade de arguido cujo pedido deu entrada na Assembleia da República em julho, sendo o levantamento aprovado em setembroMedina sempre mostrou “intenção de esclarecer prontamente” todos os factos que levantaram suspeitas ao Ministério Público.

Fernando Medina foi constituído arguido no processo Tutti Frutti e, ao que a SIC apurou, interrogado há cerca de um mês e meio no Departamento de Investigação e Ação Penal.

O ex-ministro das Finanças está a ser investigado por suspeitas de prevaricação pela atribuição de um apoio de 200 mil euros a uma associação desportiva, em 2017, quando era presidente da Câmara de Lisboa.

Em causa estão alegados favorecimentos a militantes do PS e do PSD, através de avenças e contratos públicos, nomeadamente um apoio financeiro no valor de 200 mil euros à XV - Associação Amigos do Rugby do Belém, no âmbito do apoio ao associativismo desportivo.