Os portugueses confiam mais nos amigos e na família do que nos influenciadores digitais para comprar livros. A maioria dos inquiridos de um estudo conduzido pela Universidade Católica para a Wook diz que lê regularmente. Ainda assim, os números são baixos.

As mulheres leem mais do que os homens. Os amigos e os familiares são os que mais influenciam na decisão de comprar um livro. Já os influenciadores digitais têm pouco impacto no processo - apenas 6%.

“O aparecimento dos amigos em principal destaque e dos familiares, seguido de influencers digitais, para nós foi uma surpresa”, admite Rui Aragão, diretor da livraria online Wook.

Os jovens dos 18 aos 24 anos estão a contribuir para aumento do mercado. Quase 40% diz que lê, anualmente, mais de 10 livros. Ainda assim, a maioria dos portugueses com hábitos de leitura não lê mais de cinco livros por ano. Só menos de 20% lê entre seis e dez exemplares.

“Estamos a falar ainda de números baixos”, constata Rui Aragão. "França está à cabeça com dezenas e dezenas de livros lidos por ano, nos leitores mais frequentes.”

41% dos inquiridos a afirmar que lê até duas horas semanais. Mais de 20% diz ler entre seis e dez horas.

Em casa e em português

Quantos ao idioma de leitura, a língua portuguesa é a mais procurada - 90% dos casos -, 20% indica que lê em inglês. Mas háuma faixa de 2% que diz mesmo ler apenas neste idioma. Os motivos? “O interesse em ler a obra original e a rapidez da tradução. Ler livros que ainda não foram traduzidos ou que nãovão ser traduzidos”, explica Rui Aragão.

Os portugueses preferem o livro físico. Apenas 17% tem hábitos de leitura digital e, nesses casos, o smartphone é o dispositivo mais escolhido. Os e-readers foram mencionados por apenas 10% dos leitores.

A maioria prefere ler em casa e, para além de livros, mais de metade dos inquiridos diz que lê jornais com frequência.

O estudo da Wook, que foi conduzido pela Universidade Católica Portuguesa, analisou 700 respostas.