O ministro da Educação diz que há 6 mil novos professores nas escolas este ano. Em entrevista ao Público e à Radio Renascença, Fernando Alexandre faz um balanço das medidas deste Governo e diz que gostaria de continuar o trabalho na educação.

Em jeito de balanço, o ministro da Educação faz contas aos professores que trouxe ao sistema:

"Entre os que voltaram que tinham saído do sistema e os novos que nunca tinham dado aulas, estamos a falar de mais 6 mil professores este ano."

O problema está longe de estar resolvido e nem todas as medidas do atual governo trouxeram o resultado esperado.

"Vamos precisar de novas medidas, vamos obviamente apostar naquelas que funcionaram e vamos reforçá-las. Aquelas que não funcionaram provavelmente vamos deixar cair. Por exemplo, aquela medida de trazer novamente para o sistema os aposentados não teve grande acolhimento. Estamos a falar de cerca de 50 professores", afirma.

Entre o que fez e o que está por fazer, Fernando Alexandre anuncia que quer acabar com a precariedade dos técnicos especializados. Quer também diminuir as desigualdades, com um novo modelo de explicação para alunos com ação social escolar.

"Vamos duplicar o número de psicólogos com vínculo (...) para o próximo ano-letivo", acrescenta o ministro.

Defende diretores mais novos nas escolas, avaliados e remunerados de acordo com o topo da carreira. O ministro da Educação anuncia também um empréstimo de mil milhões de euros para obras em escolas, se as eleições lhe derem um novo mandato.

"Posso parecer que estou alargado ao lugar, mas eu gostava mesmo de continuar este trabalho porque deixámos muitas coisas a meio. Estávamos no início, as coisas mais importantes e transformadoras acabaram ainda por não acontecer", declara Fernando Alexandre.

A entrevista ao Público e à Rádio Renascença aconteceu numa altura em que os diretores acreditam que o suplemento de 750 euros pago pelo Governo adiou a reforma de 1.200 professores. Desde janeiro e segundo dados do Jornal de Notícias, aposentaram-se 1.500.