
Os mais recentes dados divulgados pela Direcção Regional de Estatística dão conta de que, no 2.º trimestre deste ano, registaram-se 689,9 mil hóspedes entrados e 3,4 milhões de dormidas na generalidade dos meios de alojamento da Região. Estes números representam aumentos homólogos de 10,8% e 9,5%, respectivamente.
Outro dado curioso é o facto de o mercado de residentes em Portugal ter apresentado uma variação positiva mais significativa, de 42,7%, superando, no mesmo período, os valores do Reino Unido e posicionando-se como o segundo principal mercado, com valores muito próximos da Alemanha. Estes são os três principais mercados, que concentraram mais de metade das dormidas (52,1%) no 2.º trimestre de 2025.
A estada média, na globalidade do alojamento turístico, fixou-se em 4,49 noites no 2.º trimestre de 2025, representando uma quebra de 1,4% face ao 2.º trimestre de 2024 (4,55 noites), devido, sobretudo, à diminuição registada no mercado estrangeiro (4,72 noites; -3,3%).
O alojamento turístico registou a entrada de 684,5 mil hóspedes, os quais geraram cerca 3,4 milhões de dormidas, traduzindo variações homólogas positivas de 11,0% e 9,6%, respectivamente. De sublinhar que, excluindo o alojamento local com menos de 10 camas, as dormidas no alojamento turístico aumentaram 5,1% relativamente ao 2.º trimestre de 2024, variação superior à registada a nível nacional (+4,2%).
Os parques de campismo representam um peso muito pouco significativo no conjunto das dormidas dos alojamentos, de apenas 0,1%. Registaram 1.431 hóspedes entrados e 3.169 dormidas, correspondendo a quebras de 26,0% e 24,7%, respectivamente, em relação ao mesmo trimestre do ano anterior.
Neste 2.º trimestre de 2025, o alojamento turístico (hotelaria, alojamento local e turismo no espaço rural e de habitação) registou um desempenho superior à globalidade do alojamento turístico, concentrando a quase totalidade da actividade turística, mais concretamente 99,2% dos hóspedes entrados e 99,6% das dormidas do total dos meios de alojamento.
O segmento da hotelaria concentrou 67,1% das dormidas (cerca de 2,3 milhões), registando um crescimento homólogo de 5,1%. O alojamento local representava 30,5% do total e cresceu 21,2%, enquanto o turismo no espaço rural, com uma quota de 2,4%, aumentou 7,7%. Analisando por categoria dos estabelecimentos, os maiores crescimentos foram observados nas pousadas e quintas da Madeira (+51,3%) e nos apartamentos turísticos (+13,2%).
No 2.º trimestre de 2025, a estada média no conjunto do alojamento turístico diminuiu relativamente ao mesmo trimestre do ano anterior (4,57 noites), fixando-se nas 4,50 noites. Os valores mais elevados continuam a ser observados na hotelaria (4,62 noites) e no alojamento local (4,35 noites), enquanto o turismo no espaço local apresenta a estada mais baixa (3,47 noites). No segmento da hotelaria, destacam-se os aldeamentos turísticos, com a estada média mais alta, atingindo as 5,52 noites no período de referência (valor idêntico ao 2.º trimestre de 2024).
Câmara de Lobos e Ponta do Sol são os municípios, que em termos de dormidas, apresentam maior dependência dos mercados externos (residentes no estrangeiro), com 90,5% e 89,5%, respetivamente. Já o Porto Santo destaca-se por registar a maior percentagem de dormidas de residentes no País, representando 73,9% do total, no 2.º trimestre de 2025.
O município do Funchal evidencia-se por concentrar 57,0% das dormidas na Região, totalizando cerca de 1,9 milhões de dormidas no 2.º trimestre de 2025, o que corresponde a uma variação homóloga positiva de 3,4%. As dormidas de residentes em Portugal cresceram 40,9%, enquanto as de residentes no estrangeiro registaram uma diminuição de 1,8%.
O segundo município com maior número de dormidas foi Santa Cruz, com 11,5% do total regional, contribuindo com 392,2 mil dormidas no 2.º trimestre de 2025, o que representa um aumento de 9,1% face ao período homólogo. As dormidas de residentes no estrangeiro cresceram 5,9%, enquanto as de residentes em Portugal aumentaram 41,6%.
Entre os onze municípios da Região, destaca-se ainda Machico, com um crescimento nas dormidas de 87,7% face ao 2.º trimestre de 2024. Este aumento foi impulsionado por uma subida de 199,3% no mercado de residentes em Portugal e por um acréscimo de 74,3% no mercado de residentes no estrangeiro.
No 2.º trimestre de 2025, a taxa líquida de ocupação-cama do alojamento turístico na Região foi de 72,4%, o que representa um aumento de 1,4 pontos percentuais (p.p.) face ao mesmo período de 2024 (71,0%). Por sua vez, a taxa de ocupação-quarto atingiu os 82,6%, valor superior comparativamente aos 80,9% registados no 2.º trimestre de 2024.
No 2.º trimestre de 2025, os proveitos totais e os proveitos de aposento registaram crescimentos homólogos de 20,5% e 22,7%, totalizando 241,6 milhões de euros e 174,5 milhões de euros, respetivamente.
Com crescimentos sucessivos desde o 2.º trimestre de 2021, a evolução das dormidas evidencia duas fases distintas: entre aquele período e o 1.º trimestre de 2023, os aumentos foram muito expressivos, tornando-se mais moderados, mas relativamente estáveis, a partir daí. De facto, nos últimos nove trimestres, os incrementos nas dormidas oscilaram entre os 5,7%, no 3.º trimestre de 2024, e os 10,0%, no 4.º trimestre de 2025.
No 2.º trimestre de 2025, o RevPAR do conjunto do alojamento turístico (excluindo o alojamento local com menos de 10 camas) foi de 105,74 euros, o que representa um aumento de 19,9% em relação ao período homólogo e corresponde ao segundo valor mais elevado entre as regiões NUTS II. No sector da hotelaria, o RevPAR atingiu os 112,84 euros (+20,2% de variação homóloga). Quanto ao ADR, os valores são mais elevados, totalizando os 127,98 euros no conjunto do alojamento turístico (+17,4% que no período homólogo) e os 131,96 euros na hotelaria (+17,7%).
O RevPAR e ADR mais elevados registaram-se no segmento das pousadas e quintas da Madeira, com valores de 160,83 euros (+5,9% que no 2.º trimestre de 2024) e 189,83 euros (-2,6%), respetivamente. Por categoria, destacam-se os hotéis de 5 estrelas (160,98 euros e 195,53 euros, pela mesma ordem) e os hotéis de 4 estrelas (103,36 euros e 114,19 euros, respetivamente).