A Megasa-Siderurgia Nacional voltou a parar a produção nas fábricas do Seixal e da Maia devido ao aumento do preço da energia. A atividade está suspensa há três dias e pode não ficar por aqui.
“A duplicação do preço de mercado da energia forçou a Megasa-Siderurgia Nacional a parar a produção nas suas aciarias [fábricas de aço] esta terça-feira, dia 26 de novembro, com a perspetiva de que o mesmo suceda, pelo menos, na quarta e na quinta-feira desta semana”, referiu um comunicado no início desta semana.
Segundo a empresa, “no curto prazo, esta redução drástica na produção das fábricas do Seixal e da Maia é economicamente insustentável".
O grupo assegurou que "o escalar do preço da eletricidade tem estado a impossibilitar o regular funcionamento das unidades fabris do grupo em Portugal". Neste momento, "as fábricas do Seixal e da Maia programam diariamente a sua laboração, em função dos períodos em que os valores por megawatt hora permitem a atividade das duas unidades".
Nesse sentido, a Megasa tem "ativamente procurado soluções" para desligar o seu custo de eletricidade do custo do gás natural e implementar, através de investimento próprio, projetos em regime de autoconsumo renovável, como a criação de um parque fotovoltaico na fábrica da Maia.
A atividade está suspensa há três dias e pode não ficar por aqui.
À SIC, a empresa antecipou que pode voltar a para na próxima semana se nada for feito. A paragem pode por em risco a sustentabilidade da empresa e postos de trabalho.
É a maior indústria eletrointensiva em Portugal. Gera 700 empregos diretos, mais 3.500 indiretos e exporta, anualmente, o equivalente a 900 milhões de euros.
O grupo espanhol tem duas unidades em Portugal: uma na Maia e outra no Seixal.