
O cineasta norte-americano Martin Scorsese revelou que deixou de ver filmes em salas de cinema porque ficou “chocado” com o comportamento das pessoas durante as exibições.
O mítico produtor de cinema, citado pelo The Guardian, contou ao blogue ‘The Travers Take’ do crítico cinematográfico Peter Travers que quando ainda frequentava os espaços de visionamento de filmes não se conseguia focar por conta de distrações causadas pela utilização de telemóveis.
O octogenário apontou ainda outros comportamentos que o deixaram "chocado" e que o fizeram deixar de frequentar salas de cinema: constantes entradas e saídas para comprar ‘snacks’ e bebidas e ainda o elevado nível de ruído.
Questionado sobre se fazia o mesmo quando era jovem, Scorsese não negou, mas garantiu haver diferenças:
"Sim, talvez, mas quando falávamos era sempre sobre o filme e o quanto nos divertíamos ao analisar os pormenores".
Nos últimos anos têm aumentado os registos de comportamentos pouco exemplares nas salas de cinema durante exibições de filmes. São recorrentes os relatos de interrupções causadas por conversas, chamadas telefónicas e comentários indesejados.
Aos 82 anos, Martin Scorsese está, atualmente, a trabalhar num drama policial passado no Havai, uma produção que contará como ator Dwayne Johnson. O realizador está também a produzir um documentário sobre o Papa Francisco.
No seu espólio cinematográfico, o cineasta possui filmes como 'Taxi Driver', 'Assassinos da Lua das Flores', 'O Lobo de Wall Street', 'O Irlandês', 'Shutter Island', entre muitos outros.