Marcelo Rebelo de Sousa enviou condolências à família de Idan Shtivi, após o Governo de Israel ter anunciado no sábado que recuperou os restos mortais do luso-israelita em Gaza, divulgou a Presidência da República.

"O Presidente da República manifesta o seu sentido pesar, no momento da entrega do corpo a família do cidadão luso-israelita Idan Shtivi, refém do grupo terrorista Hamas e que morreu no cativeiro. Endereça as suas condolências à família, ao povo israelita e a Israel", referiu o comunicado publicado na página oficial da Presidência portuguesa.

O governo de Israel anunciou no sábado ter identificado os restos mortais de um segundo refém que foi recuperado recentemente de Gaza, tratando-se do luso-israelita Idan Shtivi, de 28 anos.

"Uma operação especial (...) na Faixa de Gaza permitiu o repatriamento do corpo do falecido Idan Shtivi", declarou o gabinete do primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu.

O exército israelita anunciou na sexta-feira ter trazido de volta os restos mortais de dois reféns, dos quais apenas um havia sido identificado inicialmente. Esse refém foi identificado como Ilan Weiss, de 56 anos, morto durante o ataque ao 'kibutz' Be'eri.

Numa mensagem na rede social X, o Ministério dos Negócios Estrangeiros de Portugal prestou "sentida homenagem ao cidadão luso-israelita Idan Shtivi" e apresentou "condolências à família e ao povo de Israel, solidarizando-se com o seu sofrimento".

Jovem tinha 28 anos e foi raptado junto a festival de música

Idan Shtivi, um fotógrafo amador de 28 anos, foi raptado no dia 7 de outubro de 2023 junto ao local onde se realizava o festival de música eletrónica Supernova, durante os ataques do grupo islamita Hamas ao território de Israel.

Em maio passado, o pai de Idan Shtivi esteve em Portugal.

"Estou aqui porque quero dizer às pessoas de Portugal que têm um cidadão preso em Gaza", afirmou, na ocasião, Eli Shtivi.

Israel tem em curso uma ofensiva militar na Faixa de Gaza desde que sofreu um ataque do grupo radical palestiniano Hamas em 07 de outubro de 2023, que causou cerca de 1.200 mortos e 250 reféns, dos quais permanecem 48 em Gaza. Israel calcula que dessas 48 pessoas raptadas pelo menos 20 ainda estejam vivas.

O mais recente balanço do Ministério da Saúde do enclave palestiniano, controlado pelo Hamas, indicava mais de 63.000 mortos desde o início da guerra em outubro de 2023.