Ao que a SIC apurou, Gouveia e Melo queria permanecer no ativo até março à espera de passar à reserva. O Almirante tinha até já um gabinete escolhido onde iria trabalhar durante esses três meses. Confrontado com esta informação, o próprio não confirmou nem desmentiu, optando por desviar o assunto.

Mas, adiantam fontes à SIC, Gouveia e Melo mudou de ideias porque não vê qualquer benefício em manter-se nessa situação. Durante esse período teria as suas liberdades cívicas restringidas e financeiramente também não compensava.

Na prática, o Almirante continuaria preso à instituição e não poderia dar sinais concretos quanto a uma candidatura a Belém.

Saliente-se que Gouveia e Melo tem sido muito criticado por alguns sectores por estar de farda já a fazer essa caminhada para Belém. Por isso mesmo, decidiu largar o cargo de Chefe de Estado Maior da Armada no final do ano, desligando-se da Marinha.

A partir desse momento, o Almirante fica livre, o que vai alterar o calendário para o anuncio da candidatura. Fontes dizem à SIC que em janeiro, Gouveia e Melo deve ficar a descansar mas a partir de fevereiro o caminho para Belém está aberto.