Madeira poderá integrar força portuguesa no próximo Eurobattle Group da União Europeia

O Comandante da Zona Militar da Madeira, o Manuel Pedrofoi recebido, em audiência, pelo presidente do Governo Regional, Miguel Albuquerque, hoje, na Quinta Vigia.

No final da audiência, o Major-General Manuel Pedro revelou que o exército português já delineou as próximas missões internacionais e que a Madeira poderá ter um papel de destaque num dos principais compromissos europeus de defesa para 2026. Trata-se do Eurobattle Group da União Europeia, cuja constituição será liderada por Espanha, com base nas Canárias, e cuja força portuguesa deverá integrar militares formados na Madeira.

O Eurobattle Group, cuja missão começará no início de 2026, será coordenado a partir de um quartel-general sediado nas Canárias, assumido pelo Exército do reino de Espanha, que sucederá a liderança actual portuguesa.

Actualmente, Portugal é a 'lead nation' do Eurobattle Group em curso, centrado em Santa Margarida, sob o comando do Brigadeiro-General Calmeiro, da Brigada Mecanizada. Este grupo terminará a sua missão no final de 2025.

De acordo com Manuel Pedro, a expectativa é que a Madeira contribua com uma companhia de atiradores, o que poderá significar cerca de 100 militares destacados. Este número contrasta com os actuais 30 militares destacados na Roménia, organizados num pelotão.

O Major-General, que exerceu as suas funções durante um ano e sete meses na Madeira, traçou “um balanço muito positivo” desta sua passagem pela Região.

“Foi a minha primeira vez em funções militares na Madeira e foi uma experiência muito agradável”, disse no final da audiência, acrescentando que sai “de coração cheio”.

Na ocasião, referiu após o exercício das suas funções, a Zona Militar da Madeira “fica melhor apetrechada”, também porque foram recebidos “equipamentos novos”, que “não existam anteriormente”.

O seu sucessor será o Brigadeiro-General José Carlos Mello Loureiro, que toma posse no dia 30 de Julho, quarta-feira, a quem aconselha “continuar com este bom relacionamento com todas as instituições da Madeira e, essencialmente, com o povo”.

Aconselharia também a “continuar com o reequipamento que está a decorrer no exército” e com o “treino operacional e empenho de forças no exterior”.

Do currículo do Brigadeiro-General José Carlos Mello Loureiro destacam-se as missões como comandante de pelotão de reconhecimento do Esquadrão de Reconhecimento da Brigada Mecanizada e como Chefe da Secção de Operações do Comando da Brigada Mecanizada. Foi, também, assessor para a NATO na direcção-geral de Política de Defesa Nacional. Brigadeiro-General José Carlos Mello Loureiro.