
"Quando muitos se prendem nas críticas à comunicação, no país aqui ao lado, Portugal é destacado como um exemplo na eficácia da gestão da crise e na comunicação", defendeu António Leitão Amaro, que falava na comissão permanente do parlamento num debate de urgência agendado pelo PCP sobre o apagão elétrico de segunda-feira.
Depois de várias críticas da oposição em relação à estratégia comunicacional do Governo durante este evento, nomeadamente do PS, Leitão Amaro argumentou que "aqueles que se focam a discutir dificuldades na comunicação pública é porque reconhecem que o essencial funcionou".
Momentos mais tarde, dirigindo-se diretamente ao PS, o ministro lamentou que os socialistas "em vez de saudarem" o facto de não terem existido vítimas, tentarem ser "oportunistas sobre uma desgraça que não aconteceu".
O ministro salientou que o executivo tentou comunicar com a população através de "todos os canais, das televisões às redes sociais, do SMS à rádio".
"E sim, privilegiámos a rádio, porque nestas situações sabemos ser o meio mais resiliente. A interrupção da eletricidade deu-se às 11:33. Eu próprio, em nome do Governo, menos de uma hora depois, estava a comunicar através das rádios e televisões ao país. O primeiro-ministro falou três vezes nesse dia, a primeira das quais às 15:05. Ministérios, autoridades, fornecedores de energia foram emitindo informações e avisos às populações durante o dia pelos meios que tinham disponíveis", elencou.
De acordo com Leitão Amaro, o executivo procurou garantir "que se comunicava o que era necessário, sem nunca entrar em oportunistas exercícios de propaganda política".
O governante realçou que toda a crise exigia "uma liderança serena e competente" e "assim agiu o Governo", que declarou situação de crise energética, ativou os mecanismos de coordenação de contingência em crise previstos na lei e garantiu o abastecimento prioritário aos serviços essenciais, aos hospitais, forças de segurança, transportes e à Proteção Civil.
ARL // JPS
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