
O partido Juntos Pelo Povo (JPP) anunciou esta tarde, através de comunicado, que neste domingo propôs ao Governo Regional da Madeira que disponibilize, com carácter de urgência, através do Serviço Regional de Protecção Civil, bombeiros profissionais madeirenses para apoiar no combate aos incêndios florestais que assolam várias regiões do território continental português.
Na referida nota, assinada pela presidente do partido e deputada regional, Lina Pereira, argumenta-se que “face à gravidade da situação que se vive em Portugal continental, com tendência para um suposto agravamento face às condições climatéricas desfavoráveis, onde milhares de operacionais combatem diariamente múltiplas frentes activas, o JPP considera que a Região Autónoma da Madeira, enquanto parte integrante do Estado Português, deve demonstrar solidariedade nacional e capacidade de resposta articulada em situações de emergência”.
A porta-voz do JPP recorda que no Verão do ano passado, quando a Madeira foi assolada por um incêndio que lavrou durante 16 dias em quatro concelhos da Região, equipas de bombeiros profissionais do continente deslocaram-se para a Madeira em solidariedade e ajudaram combater as chamas lado a lado com os bombeiros madeirenses. “É hora de sermos elevados e retribuirmos agora que os bombeiros do continente precisam da ajuda de todos”, sublinha a deputada e dirigente do partido, referindo que a Madeira dispõe de um dispositivo de bombeiros profissionais com competência, experiência e preparação para operar em cenários exigentes. “O envio de equipas ou capacidades especializadas para o território continental seria um contributo importante para reforçar os meios de combate, ao mesmo tempo afirmaria o espírito de cooperação e entreajuda entre regiões, tão necessário em tempos de crise”, acrescentou.
O JPP entende que a solidariedade entre regiões não pode ser apenas evocada em discursos políticos e que “deve concretizar-se em acções práticas”. Neste contexto, Lina Pereira exorta o Governo Regional da Madeira a encetar de imediato contactos com a Autoridade Nacional de Emergência e Protecção Civil, no sentido de avaliar as necessidades no terreno e disponibilizar os meios humanos e logísticos adequados.