Ataques aéreos israelitas contra tendas que abrigavam pessoas deslocadas mataram pelo menos 25 pessoas em vários locais na Faixa de Gaza, disse esta quinta-feira a Defesa Civil Palestiniana.

"Pelo menos 16 pessoas morreram, a maioria mulheres e crianças, após um ataque direto de dois mísseis israelitas contra várias tendas que abrigavam famílias deslocadas", disse o porta-voz da organização de ajuda humanitária, Mahmoud Baçal.

Um dos ataques ocorreu na área de Al-Mawasi, perto de Khan Younis, no sul do território palestiniano.

Em declarações à agência de notícias AFP, Mahmoud Baçal, disse que além as vítimas mortais, o número de feridos ascende as duas dezenas.

"Vinte e três pessoas também ficaram feridas no ataque realizado por dois caças israelitas", acrescentou.

O responsável descreveu, ainda, um outro ataque, em Beit Lahia, no norte da Faixa de Gaza, também a uma tenda para deslocados que terá vitimado sete pessoas, "a maioria mulheres e crianças", e ferido 13.

"Um pai e seu filho também foram mortos e 13 pessoas ficaram feridas em um terceiro ataque contra outra tenda para deslocados, também perto da área de Al-Mawasi", acrescentou.

Contactado pela AFP, o exército israelita não comentou esta informação.

ONU alerta para atrocidades na Faixa de Gaza

A ONU tem vindo a alertar para as atrocidades que estão a ser cometidos diariamente na Faixa de Gaza.

O escritório das Nações Unidas para a Coordenação dos Assuntos Humanitários diz que não se podem normalizar os ataques israelitas, que acontecem com o mundo a ver.

Também os Médicos Sem Fronteiras criticam Israel por atacar constantemente trabalhadores humanitários e cometer assassinatos em massa.

A agência diz que Gaza transformou-se numa "vala comum" para os palestinianos e para todos os que os ajudam.

Com Lusa