
O incêndio que deflagrou cerca das 13:00 em Arouca, no distrito de Aveiro, tem atualmente seis frentes ativas e está a arder com muita intensidade, disse à Lusa o comandante da corporação local de Bombeiros.
"Isto está complicado. O incêndio ainda está a arder com grande intensidade. Ainda há pouco eram quatro frentes, mas houve uma projeção devido ao vento e ele abriu logo em duas frentes", disse o comandante José Gonçalves.
O comandante diz que atualmente não há casas em risco e espera que o combate às chamas evolua de forma favorável durante a noite.
"Temos de esperar pelo cair da noite, para ver se isto acalma um bocadinho e se conseguimos fazer um combate mais eficaz", disse o comandante.
Pelas 20:00, a página da Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil indicava a existência de três fogos em Arouca, que mobilizavam quase três centenas de operacionais e seis meios aéreos.
O fogo com mais meios envolvidos é o que deflagrou numa zona de mato em Alvarenga, cerca das 13:15 e que tinha 178 operacionais, 55 viaturas e um meio aéreo.
Os outros dois fogos, na zona de Canelas e Espiunca, resultaram de projeções do primeiro incêndio e mobilizavam 103 operacionais, 25 viaturas e cinco meios aéreos, tal como relata Paulo Ravara, jornalista da SIC que se encontra no local.
Passadiços do Paiva encontram-se encerrados
O incêndio de Arouca levou esta tarde ao encerramento temporário dos passadiços do Paiva e da famosa ponte suspensa.
"Por motivos de segurança, e devido a um incêndio ativo na zona envolvente, os Passadiços do Paiva e a ponte 516 Arouca encontram-se temporariamente encerrados", refere uma nota publicada na página dos Passadiços, na rede social Facebook.
Esta não é a primeira vez que os Passadiços do Paiva, uma das mais importantes infraestruturas turísticas locais, são afetados pelos incêndios.
A última vez ocorreu em setembro de 2024, quando um incêndio destruiu cerca de dois quilómetros dos passadiços, o que representa um quarto da sua extensão total.
Após as obras de reparação, que demoraram três meses e custaram mais de 200 mil euros, os passadiços reabriram ao público na sua extensão total a 16 de abril.
Com Lusa