O presidente da Iniciativa Liberal (IL) avisou hoje que o Governo PSD/CDS-PP "vai falhar em áreas fundamentais" como o crescimento económico, a Habitação e a Saúde e considerou que o Governo está "desgastado e esgotado".

"A conclusão é óbvia. A AD vai falhar em áreas fundamentais para os portugueses e para o país", defendeu Rui Rocha, a discursar num evento "três em um", o 5º Encontro Nacional de núcleos territoriais, o 5º Encontro Nacional de autarcas e ainda a 1ª Conferencia do ILab, que decorrem no Porto.

Para o líder da IL, as áreas onde o atual Governo vai falhar são claras: "A AD vai falhar na competitividade das empresas e no crescimento económico, não vai conseguir, com este Orçamento, promover o crescimento económico prometidos ao país".

E continuou: "A AD vai falhar na Habitação, no mercado de arrendamento e no mercado de compra e venda porque não há medidas para promover mais oferta de habitação", disse.

Outra área que a IL aponta como exemplo do "falhanço" do Governo PSD/CDS-PP é a Saúde: "A AD vai falhar na Saúde, porque insiste numa visão centralista do Serviço Nacional de Saúde (SNS) como única solução, a solução principal que só é possível considerar outras soluções quando o SNS falha".

Para Rui Rocha, que referiu várias vezes ao longo do seu discurso as questões da saúde, não se pode "aceitar que as pessoas tenham que estar sujeitas ao falhanço do SNS para recorrerem a outras alternativas".

"Não é justo, não é humano, não é democrático dizer às pessoas que têm que esperar um ano por numa cirurgia, um ano por uma consulta, que têm que sofrer a doença, que têm que ver a sua doença agravar-se para depois, finalmente, se os governantes deixarem, recorrerem às outras alternativas", salientou.

Rui Rocha acusou ainda o PSD, CDS-PP e o PS de querem reverter o corte nos salários dos políticos "à socapa" e "à revelia dos portugueses".

"Eu não quero ser populista, eu não tenho ideia de que os políticos devam ser punidos, devam ser mal tratados, mas uma coisa é discutir as questões no momento certo e com o contexto certo, outra coisa é à revelia dos portugueses, entre entendimento do PS e da AD fazer já a reversão do corte, coisa que não foi prometida, não foi discutida, não foi votada pelos portugueses e eu não decido coisas em causa própria", disse.

Salientando que concorda que os políticos devem ser valorizados, o líder da IL apontou a proposta do partido no que toca aos salários dos políticos: "Queremos políticos valorizados, bons políticos e é por isso que temos uma proposta de aumento dos políticos, não agora, à socapa, mas com uma condição: na medida em que o salário médio dos portugueses também crescer".

Isto porque, disse, "bons políticos, autárquicos, legisladores, governo, fazem boas políticas, com boas politicas o país cresce. Façam boas politicas e o salário dos políticos também há de crescer".