
Portugal notificou esta quarta-feira a Organização Mundial de Saúde Animal (WOAH, na sigla em inglês) sobre um surto de gripe aviária altamente prejudicial em aves de criação, num momento em que a Europa enfrenta um aumento sazonal da doença, segundo a agência Reuters.
O vírus H5N1 foi detetado num grupo de 257.650 patos de engorda em Benavente, no distrito de Santarém. Até ao momento, já morreram 1011 aves, de acordo com um relatório das autoridades portuguesas divulgado pela WOAH, com sede em Paris.
Já foram implementadas medidas de controlo, que incluem o abate dos animais infetados, a inspeção do local onde a doença foi detetada, bem como a sua limpeza e desinfeção. Por outro lado, foi restringida a movimentação nas explorações que têm aves e que se encontram num raio de até 10 quilómetros (km) em redor do foco.
“Foi confirmado um novo foco de infeção por vírus da Gripe Aviária de Alta Patogenicidade (GAAP) numa exploração avícola de patos de engorda, na freguesia de Santo Estêvão, concelho de Benavente, distrito de Santarém”, lê-se numa nota divulgada pela Direção-Geral de Alimentação e Veterinária (DGAV).
A propagação da gripe aviária, conhecida popularmente como “gripe das aves”, tem gerado preocupação entre governos e a indústria avícola. Nos últimos anos, surtos devastadores em várias partes do mundo perturbaram a oferta de produtos, pressionaram os preços dos alimentos e aumentaram o risco de transmissão para os humanos.
A DGAV voltou a pedir a todos os detentores de ave que cumpram as medidas de biossegurança e as boas práticas de produção, evitando os contactos entre aves domésticas e selvagens. Qualquer suspeita de infeção pela gripe das aves deve ser reportada à DGAV.
Este mês já tinham sido detetados focos em Olhão, Aveiro, Alcácer do Sal e Costa da Caparica.