Um grupo de 37 portugueses está retido na Jordânia devido ao encerramento do espaço aéreo provocado pelo conflito entre Israel e o Irão, e acusa o Governo de falta de apoio. Fonte oficial assegura, porém, que estão em curso “todas as diligências” para o regresso do grupo.

À agência Lusa, um dos elementos do grupo, que viajou para a Jordânia de férias no passado dia 5, explicou que o voo de regresso a Portugal estava previsto para domingo, mas foram avisados de que seria adiado para a noite desta segunda-feira.

No entanto, o espaço aéreo está atualmente encerrado, após ter reaberto temporariamente no sábado.

Os portugueses, a maioria idosos, têm estado nos últimos dias em Amã, capital jordana, que fica na rota dos mísseis trocados desde sexta-feira entre Telavive e Teerão.

Carlos Lima relatou ainda ser frequente ouvir as sirenes na cidade e passarem mísseis "a alta velocidade" por cima do hotel onde os portugueses se encontram.

O grupo está "bastante preocupado" e as famílias em Portugal "em pânico", descreveu.

"Estes portugueses encontram-se no meio de um conflito sem precedentes, cujo desfecho e consequências ninguém pode prever, pelo que se impõe que, de imediato, as autoridades portuguesas assegurem o seu regresso urgente, devendo ser as mesmas a definir qual o meio de o fazer, se através do voo programado, se através de uma operação de resgate especial", referiu Carlos Lima.

Em reação a estas queixas, fonte oficial do Ministério dos Negócios Estrangeiros (MNE) assegura que o Governo está a “acompanhar a situação de todos os portugueses retidos em países cujo espaço aéreo está encerrado, na sequência do conflito de Israel e do Irão”, e a “desenvolver todas as diligências para o regresso dos mesmos com toda a segurança, assim que possível”.