
Um incêndio vindo de Espanha e que entrou em Portugal na zona de Montalegre, tem três frentes ativas e colocou em perigo a aldeia de Vilar de Perdizes, onde a prioridade dos bombeiros foi defender casas e armazéns.
A informação foi avançada à agência Lusa pelo segundo comandante dos bombeiros de Montalegre, Miguel Monteiro, que referiu que o fogo esteve "muito perto de casas e armazéns" em Vilar de Perdizes, aldeia que já está "livre de perigo".
O alerta foi dado pelas 10:25 e, ao final da tarde, o incêndio lavrava em área de mato e pinhal e tinha três frentes, avançando uma delas em direção à zona de Soutelinho da Raia e ao concelho de Chaves.
Miguel Monteiro explicou que as dificuldades no combate a este fogo foram o vento inconstante e os declives acentuados, referindo que, durante o dia, não teve "grandes meios, principalmente aéreos".
"Chegou um par de alfas [meios aéreos] quase ao fim da tarde. Fizemos o que pudemos, mas com muito trabalho", afirmou o segundo comandante da corporação de Montalegre, no norte do distrito de Vila Real.
Segundo a página da Internet da Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil (ANEPC), depois de durante a tarde estarem no combate a este incêndio cerca de 60 homens, verificou-se um reforço de meios e, pelas 20:00, estavam mobilizados 114 operacionais, que contam com o apoio de 35 veículos.
Miguel Monteiro disse que este fogo veio de Espanha, da zona de Xinzo de Limia, e referiu que os bombeiros portugueses já andavam, inclusive, a ajudar os espanhóis "há quatro, cinco dias".