O deputado madeirense à Assembleia da República eleito pelo JPP reclama "compromissos sérios" do Estado para com o Polícia de Segurança Pública (PSP) na Madeira. Filipe Sousa, em comunicado, entende que a vinda do secretário de Estado Adjunto da Administração Interna, para participar nas comemorações do aniversário do Comando Regional da PSP, "não pode ser apenas mais um momento de discursos de circunstância e de palavras bonitas.

O parlamentar considera que "a situação das esquadras da PSP na Madeira é absolutamente vergonhosa", referindo-se a "instalações degradadas, indignas, que colocam em causa não só as condições de trabalho de homens e mulheres que todos os dias arriscam a vida pela segurança dos cidadãos, mas também a confiança da população no próprio Estado".

E dá o exemplo da Esquadra de Santa Cruz, cujo processo só conheceu algum avanço após intervenção da Câmara Municipal de Santa Cruz, quando ele próprio era presidente.

Salienta, por isso, as "promessas vãs" com mais de 20 anos, cenário que o leva a considerar "inaceitável que sucessivos Governos da República tratem a segurança pública na Madeira como um problema menor e que continuem a brincar com a dignidade dos profissionais da PSP e com a segurança das populações".

Sustenta, por isso, que "essa falta de seriedade é o retrato de como o Estado tem tratado a Madeira", atribuindo igualmente culpas aos "deputados eleitos pela Madeira" que "nada fizeram para desbloquer este velho problema". Inclui na lista o PSD, o PS e o CHEGA, acusando-os se só de lembrarem das forças de segurança "quando há eleições à porta".

É por isso que Filipe Sousa exige "ao Governo da República respostas concretas", pois "basta de promessas adiadas. Basta de anúncios sem execução. O que está em causa é demasiado sério para continuar a ser tratado com leviandade", notando que a Madeira e os madeirenses "merecem respeito".