A DJI afirmou em comunicado que a inclusão na lista "é errónea" e que recorre a um tribunal federal dos Estados Unidos após mais de 16 meses de "esforços para dialogar" com o Departamento de Defesa, noticiou a agência de notícias oficial chinesa Xinhua.

A empresa indicou ainda que se dedica a promover a utilização civil de 'drones' e que se opõe à utilização dos produtos da DJI para fins militares.

"O próprio Departamento de Defesa reconhece que a DJI fabrica 'drones' comerciais e não militares", referiu.

Em dezembro de 2020, os Estados Unidos incluíram mais 77 instituições e empresas chinesas, incluindo o fabricante de 'microchips' SMIC e o de 'drones' DJI, na "lista negra" de empresas com as quais está proibida a exportação de tecnologia norte-americana.

Relativamente à DJI, o secretário de Estado do Comércio norte-americano, Wilbur Ross, afirmou que a empresa foi incluída por permitir a vigilância de alta tecnologia na China, considerada pelo Departamento de Comércio como um "abuso dos direitos humanos".

No passado, o Departamento do Comércio norte-americano usou esta lista contra a empresa de telecomunicações Huawei e entidades relacionadas com alegados abusos dos direitos humanos contra os uigures na província de Xinjiang, de maioria muçulmana.

Os 'drones' fabricados na China estão também sob escrutínio devido a alegações da suposta utilização dos aparelhos pelas forças russas na Ucrânia, o que o Governo chinês considera serem rumores espalhados pelos "Estados Unidos e um pequeno grupo de meios de comunicação ocidentais".

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