Os Estados Unidos da América (EUA) rejeitam a decisão do Tribunal Penal Internacional (TPI), que emitiu mandados de busca contra o primeiro-ministro e o ex-ministro da Defesa de Israel.

Um porta-voz do Conselho de Segurança Nacional da Casa Branca anunciou, esta quinta-feira, que Washington não concorda com a ordem dada pelo TPI.

“Os Estados Unidos rejeitam fundamentalmente a decisão do Tribunal de emitir mandado de captura contra responsáveis israelitas”, declarou o porta-voz da Casa Branca, citado pel a agência R euters .

A administração norte-americana afirma estar “profundamente preocupada” com “a pressa do procurador em arranjar mandados de captura” e com o que classifica como problemáticos erros no processo” que levaram a esta decisão.

Os Estados Unidos da América, os maiores aliados de Israel, acrescentam que vão agora discutir, com os seus parceiros, quais serão os próximos passos a dar, depois desta decisão.

UE diz que decisão do TPI é para cumprir

Contrariamente à administração norte-americana, o chefe da diplomacia da União Europeia já veio avisar os Estados-membros europeus de que a decisão do TPI é vinculativa.

O TPI decidiu, esta quinta-feira, emitir mandados de captura contra o chefe de governo de Israel, Benjamin Netanyahu, o ex-responsável pela pasta da Defesa no governoisraelita, Yoav Gallant, e o líder do Hamas, Mohammed Dei, por suspeitas de crimes de guerra.

De acordo com o Tribunal Penal Internacional, os dois governantes israelitas terão utilizado a fome como arma de guerra em Gaza e causado sofrimento profundo a civis, com um número crescente de mortes entre bebés, crianças e mulheres palestinianos.

Em reação à decisão, o primeiro-ministro israelita declarou-se "enojado" e acusou o Tribunal Penal Internacional de “antissemitismo.

o líder do Hamas é acusado de “extermínio, homicídio, tomada de reféns, violação e outros atos de violência sexual, tortura, tratamento cruel no contexto do cativeiro, ultrajes à dignidadepessoal no contexto do cativeiro e outros atosdesumanos.