O congressista norte-americano Matt Gaetz retirou-se esta quinta-feira do processo de nomeação para o cargo de procurador-geral, para o qual foi indicado pelo Presidente eleito Donald Trump, quando é alvo de suspeitas numa investigação federal sobre tráfico sexual.

"Tive excelentes reuniões com os senadores ontem [quarta-feira]. Agradeço o seu 'feedback' atencioso e o incrível apoio de tantos. Embora o ímpeto fosse forte, é claro que a minha confirmação estava injustamente a tornar-se uma distração para o trabalho crítico da transição Trump/Vance", escreveu Gaetz na rede social X, referindo-se à nova administração do Presidente Eleito e do seu vice-Presidente.

"Não há tempo a perder com uma disputa desnecessariamente prolongada em Washington, pelo que vou retirar o meu nome da consideração para servir como procurador-geral. O Departamento de Justiça de Trump tem de estar a funcionar e pronto no dia 1", adiantou o congressista da Flórida.

"Continuo totalmente empenhado em garantir que Donald J. Trump seja o Presidente mais bem-sucedido da história. Ficarei para sempre honrado com o facto de o Presidente Trump me ter nomeado para liderar o Departamento de Justiça e estou certo de que ele salvará a América", conclui Gaetz.

O futuro Presidente dos Estados Unidos tinha designado o congressista Matt Gaetz para procurador-geral, colocando no cargo uma figura leal que teria de lidar com os múltiplos casos que o líder republicano enfrenta na justiça.

Matt Gaetz é advogado e representante do Partido Republicano pela Florida na Câmara dos Representantes.

No Congresso, Gaetz caracterizou-se como um dos legisladores da ala mais à direita do Partido Republicano e totalmente alinhado com os desejos de Trump, tendo liderado a revolta interna que derrubou o então presidente da Câmara dos Representantes, Kevin McCarthy, em outubro de 2023, após ter chegado a acordos com os democratas.