Os Estados Unidos vão aplicar uma nova taxa adicional de, pelo menos, 213 euros (250 dólares) sobre todos os vistos de entrada no país, incluindo vistos de turismo, negócios, estudo e pedidos de asilo. A medida, aprovada na recente lei orçamental da administração Trump, visa reduzir o défice federal e financiar as prioridades de imigração.

Designada como "taxa de integridade do visto", será cobrada no momento da emissão do visto, sem qualquer isenção para pessoas com baixos rendimentos. A taxa será ajustada à inflação e aplica-se a vistos de não imigrante — categoria que abrange turistas, estudantes e viajantes em negócios.

O Departamento de Estado prevê emitir quase 11 milhões destes vistos em 2025. Apesar de a lei prever a possibilidade de reembolso para quem cumprir as condições do visto (nomeadamente sair dos EUA até cinco dias após a validade expirar), não foram ainda definidos os procedimentos para esse reembolso.

Além desta taxa, serão também aplicados novos encargos aos pedidos de asilo, que até agora eram gratuitos. Os requerentes terão de pagar uma taxa inicial de 100 dólares, mais 100 dólares por cada ano em que o pedido permaneça pendente. Os estudantes internacionais, por exemplo, verão os custos totais do seu visto ultrapassar os 780 dólares, devido à acumulação de diferentes taxas.

Segundo o Gabinete Orçamental do Congresso, a medida poderá gerar uma redução do défice de cerca de 28,9 mil milhões de dólares nos próximos dez anos. A decisão tem gerado críticas de organizações como o American Immigration Council, que alertam para o impacto destas “taxas elevadas” no acesso à imigração legal, sobretudo para os mais desfavorecidos.

Cidadãos de países abrangidos pelo Programa de Isenção de Visto, como Portugal, continuam isentos destas novas taxas para estadias até 90 dias.