A Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Nova de Lisboa (NOVA FCSH) manifestou a sua "profunda preocupação" com a situação de Tarek al-Farra, um cidadão palestiniano residente na Faixa de Gaza, que foi admitido no Mestrado em Estudos Ingleses e Norte-Americanos daquela faculdade, com início previsto para o ano letivo de 2025/2026.

Segundo uma nota da faculdade, Tarek al-Farra aguarda a emissão do visto de estudante, um requisito indispensável para poder sair de Gaza, processo que depende da autorização das autoridades israelitas.

A NOVA FCSH garante ter feito "todos os esforços" para apoiar Tarek, mas "a ausência de mecanismos eficazes que garantam a saída segura de estudantes em zonas de conflito impede a concretização do direito fundamental à educação e à segurança".

Os responsáveis daquela faculdade são taxativos: "Estamos perante uma situação inaceitável do ponto de vista humano e moral. Atualmente, Tarek vive em Gaza com a sua família, privado de condições básicas de segurança e sobrevivência e sujeito a restrições extremas impostas pelo bloqueio."

Por esse motivo, a Direção da NOVA FCSH apela às "autoridades portuguesas e israelitas" para que "atuem com urgência, garantindo a emissão rápida do visto de estudante e a implementação de mecanismos humanitários que permitam a saída de estudantes e investigadores de zonas de guerra, honrando os compromissos éticos e institucionais assumidos pelas universidades".