Onze dos 23 arguidos do caso Tancos voltaram, esta sexta-feira, a ser condenados em repetição da leitura do acórdão, depois do último, lido em janeiro de 2022, ter sido anulado por nulidade da utilização de prova.
Na leitura do acórdão, o presidente do coletivo de juízes, Nelson Barra, considerou válidas as declarações proferidas em sede de julgamento, mantendo a decisão da primeira instância.
As penas mais pesadas mantêm-se para o autor confesso do furto de armas, João Paulino - oito anos de prisão efetiva - e para os dois homens que o ajudaram a retirar o material militar, João Pais e Hugo Santos.
O antigo ministro da Defesa, Azeredo Lopes, um dos arguidos no caso, voltou a ser absolvido de crimes como abuso de poder e prevaricação. Além do antigo governante, foram declarados inocentes outros 12 arguidos.
Luís Vieira, ex-diretor da Polícia Judiciária Militar, voltou a ser condenado a quatro anos com pena suspensa.
O furto das armas foi divulgado pelo Exército a 29 de junho de 2017 com a indicação de que ocorrera no dia anterior, tendo a recuperação de algum material sido feita na região da Chamusca, Santarém, em outubro de 2017, numa operação que envolveu a PJM em colaboração com elementos da GNR de Loulé.
O advogado de João Paulino, Bruno Melo Alves, escusou-se a comentar o acórdão, mas afirmou que vai recorrer da decisão.