Elon Musk tem vindo a explorar, com aliados próximos, maneiras de afastar Sir Keir Starmer do cargo de primeiro-ministro britânico antes das próximas eleições gerais, noticia o "Financial Times" citando fontes próximas ao assunto. O bilionário tem criticado fortemente o governo trabalhista liderado por Starmer nas últimas semanas e já chegou mesmo a pedir a prisão do primeiro-ministro britânico.

Entre as possíveis estratégias, Musk tem avaliado o apoio a movimentos políticos alternativos no Reino Unido, como o partido populista de direita Reform UK, para pressionar uma mudança na liderança —incluindo a do próprio Nigel Farage. Embora no sistema parlamentar britânico os primeiros-ministros permaneçam no poder enquanto lideram o partido com maioria no Parlamento, este pode ser substituído sem recurso a eleições.

Nos últimos meses, Musk intensificou as críticas ao governo de Starmer através da sua plataforma X (antigo Twitter), onde também exigiu uma nova investigação nacional sobre casos históricos de exploração sexual em cidades britânicas. Musk acusou Starmer de cumplicidade nesses casos e dirigiu duras palavras à ministra da Proteção, Jess Phillips, provocando uma reação de ambos, que rejeitaram veementemente as suas alegações.

A crescente atenção de Musk à política britânica e as suas declarações têm gerado controvérsia, com acusações de desinformação e de pôr em risco a segurança de figuras públicas. No espaço europeu, os líderes têm alertado que Musk é um perigo para a democracia e o primeiro-ministro espanhol, Pedro Sánchez,foi um dos mais vocais nas críticas. Também o MNE francês veio a público criticar as opções do bilionário próximo de Trump, apontando também à inércia europeia. "Ou a Comissão Europeia aplica com a maior firmeza as leis por nós aprovadas para proteger o nosso espaço público ou terá de concordar em devolver aos Estados-Membros da União Europeia (UE) a capacidade para o fazer", afirmou Barrot à rádio França Inter.