"O fogo não espera por reuniões nem por burocracias. As chamas não querem saber de desculpas. É tempo de agir com responsabilidade e coragem", instou Filipe Sousa, antes da reunião entre o Presidente da República e o primeiro-ministro, hoje, em Faro.

O deputado do JPP na Assembleia da República, citado em nota de imprensa, manifestou a expectativa de que este encontro "vá além das fotografias e das declarações de circunstância, e que traga medidas concretas, porque o país está a arder e não há mais tempo a perder".

Para Filipe Sousa o "drama dos fogos florestais" tem obrigatoriamente de "estar em cima da mesa", pois considera que o facto de "continuarmos sem prevenção séria" é "a vergonha nacional".

"Ano após ano, o discurso repete-se: promessas, planos, 'estratégias'. Mas, no terreno — nas aldeias e nas serras — a realidade é outra: abandono do território, florestas por limpar, autarquias e proprietários deixados à sua sorte. E como se não bastasse, Portugal entra nesta fase crítica do verão sem meios aéreos próprios", evidencia.

"Isto não é azar: é falta de planeamento e falha na governação", sublinha o parlamentar.

É inadmissível que um país que sabe exatamente quando começa a época de incêndios ainda dependa de negociações de última hora e alugueres improvisados Filipe Sousa

Na sua óptica "o que se exige é simples": "prevenção séria, durante todo o ano, meios permanentes e nacionais, coordenação que funcione e fim da dependência de soluções à pressa".

"Cada dia que passa sem decisão é mais território, mais vidas e mais futuro que se perde", sentencia Filipe Sousa.