A Reserva Federal (Fed) dos EUA decidiu esta quarta-feira manter os juros no nível em que estão desde dezembro, apesar de exigências do Presidente norte-americano para que os desça, considerando que a economia continua a expandir-se.

A Fed começa por notar que as oscilações nas exportações líquidas afetaram os dados, que revelaram uma contração da economia de 0,3% no primeiro trimestre, mas aponta que "indicadores recentes sugerem que a atividade económica continuou a expandir-se a um ritmo sólido".

"A taxa de desemprego estabilizou num nível baixo nos últimos meses e as condições do mercado de trabalho permanecem sólidas", sinaliza o comité de política monetária (FOMC, na sigla em inglês), no comunicado publicado hoje, enquanto a inflação "permanece relativamente elevada".

Mesmo assim, assume que "a incerteza sobre as perspetivas económicas aumentou ainda mais" e assegura que está atenta aos riscos, sendo que os "riscos de maior desemprego e maior inflação subiram".

Neste contexto, as taxas de referência do banco central norte-americano continuam no intervalo de 4,25%-4,5%, tal como já era antecipado pelos mercados e pelos analistas.

Quanto ao futuro, o FOMC sinaliza que vai continuar a monitorizar as "implicações das informações recebidas para as perspetivas económicas", estando "preparado para ajustar a postura da política monetária conforme apropriado".

Esta foi a terceira vez que a Fed se reuniu desde o regresso de Donald Trump à Casa Branca, num cenário económico mais desfavorável do que o esperado e sob ataques do Chefe de Estado, tendo também sido a terceira vez consecutiva que manteve as taxas diretoras.