
O concurso público internacional para o seguro de colheita à banana promovido pela GESBA ficou "deserto", sem nenhuma seguradora apresentar qualquer proposta nem mesmo solicitou qualquer informação.
A GESBA promoveu recentemente um concurso público internacional para a contratação de um novo modelo de seguro de colheita, suportado num caderno de encargos mais exigente e tecnicamente mais abrangente, alinhado com as exigências de alguns produtores de banana, todavia este concurso não mereceu a atenção de qualquer companhia de seguros.
Com o objectivo de proteger os produtores de banana face à crescente exposição a riscos climatéricos extremos, cuja frequência e intensidade têm vindo a aumentar, a GESBA tem vindo a assegurar, anualmente, a contratação de um seguro de colheita, com um investimento superior a 629 mil euros (impostos incluídos), que garante um capital segurado de aproximadamente 18 milhões de euros. "Este seguro, sem custos para os produtores, tem sido fundamental na compensação de perdas associadas a fenómenos meteorológicos adversos, assegurando a estabilidade de rendimento dos produtores", sublinha a entidade.
"Apesar do rigor técnico e da ambição da proposta apresentada, o concurso ficou deserto, não tendo sido recebidas propostas por parte das seguradoras. Esta ausência de candidaturas reflecte, em grande medida, a elevação substancial dos parâmetros de cobertura e exigência introduzidos, os quais visavam garantir uma resposta mais robusta e eficaz em cenários de elevado impacto climático", refere a GESBA.
Perante esta situação, a GESBA irá repetir o procedimento concursal, reavaliando o caderno de encargos, na tentativa de manter mais este serviço aos bananicultores, sem certeza que o mesmo continue a ser atractivo para as seguradoras. Isto não significa que cada bananicultor não possa individualmente tratar de uma apólice de seguro para si e até mesmo candidatá-la a apoios comunitários.