Num aviso vermelho lançado esta tarde, o INAM reforça que aquele ciclone tropical evoluiu nas últimas horas para o estágio de "intenso", aproximando-se do canal de Moçambique, onde deve entrar ao final do dia 13 de dezembro, com o epicentro previsto, dentro de 72 horas, na costa moçambicana.

A entrada em terra do ciclone de categoria 3, o terceiro mais elevado numa escala de 1 a 5, é esperada nos distritos de Memba, província de Nampula, Chiúre ou Mecúfi, na província de Cabo Delgado, "com ventos de 200 quilómetros por hora e rajadas até 220 quilómetros por hora, segundo as projeções atuais", refere o aviso do INAM.

"Face à ocorrência de ventos fortes, trovoadas e chuvas muito fortes, recomenda-se a tomada de medidas de precaução e segurança", adverte o INAM.

O aviso, válido até às 24:00 do dia 15 de dezembro, define como áreas de risco vários distritos de Cabo Delgado e a capital provincial, Pemba, bem de Nampula e a sua cidade capital provincial.

Moçambique é considerado um dos países mais severamente afetados pelas alterações climáticas no mundo, enfrentando ciclicamente cheias e ciclones tropicais durante a época chuvosa, que decorre entre outubro e abril.

O período chuvoso de 2018/2019 foi dos mais severos de que há memória em Moçambique: 714 pessoas morreram, incluindo 648 vítimas dos ciclones Idai e Kenneth, dois dos maiores de sempre a atingir o país.

Já na primeira metade de 2023, as chuvas intensas e a passagem do ciclone Freddy provocaram 306 mortos, afetaram no país mais de 1,3 milhões de pessoas, destruíram 236 mil casas e 3.200 salas de aula, de acordo com dados oficiais do Governo.

 

PVJ // ANP

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