O partido Chega considera que os seus votos foram determinantes para a aprovação da nova Unidade Nacional de Estrangeiros e Fronteiras e para a garantia de uma descida do IRS, reivindicando um papel central nas decisões parlamentares recentes.

O deputado madeirense do Chega na Assembleia da República, Francisco Gomes, afirmou que a bancada do partido assegurou a criação da nova unidade, que considera fundamental para um controlo mais rigoroso da imigração. Para o parlamentar, esta medida confirma a influência crescente do Chega no processo legislativo.

"A nova unidade de fronteiras é um passo relevante para proteger Portugal das pressões migratórias. A nosso ver, muito outros terão de ser dados, mas aprovámos a medida porque estamos - e sempre estivemos - na linha da frente do combate à imigração descontrolada que se instalou e que compromete a segurança das nossas comunidades", declarou Francisco Gomes, citado em comunicado enviado à imprensa este sábado.

Apesar desta aprovação, o Chega manifestou descontentamento com a rejeição pelo governo da sua proposta de suspensão imediata do reagrupamento familiar. O partido considera que esta decisão demonstra que o PSD não compreende "a gravidade das mudanças negativas provocadas pelo actual modelo de imigração", cujos efeitos já se fazem sentir na segurança interna, estabilidade social e qualidade de vida em várias zonas do país.

No âmbito fiscal, Francisco Gomes assegurou que os votos do Chega garantiram uma redução de impostos a partir de Setembro, com efeitos retroativos a janeiro. O deputado afirmou ainda que o partido obteve do governo a promessa de uma descida mais significativa do IRS no próximo Orçamento do Estado, com maior impacto na classe média, que o Chega considera ter sido penalizada pela carga fiscal.

O parlamentar madeirense reconheceu que nem todas as propostas do partido foram aceites, mas destacou que os entendimentos alcançados em matérias como imigração e fiscalidade representam um progresso no relacionamento entre Chega e PSD, com consequências práticas para os portugueses.

"O Chega está a mudar o rumo do País. Ainda que nem todas as nossas propostas tenham sido acolhidas, ficou claro que há uma maioria que começa a reconhecer a urgência de travar a imigração e aliviar o peso brutal que recai sobre quem trabalha e paga impostos", concluiu Francisco Gomes.