O deputado Francisco Gomes, eleito pelo Chega para a Assembleia da República, criticou hoje a postura e os discursos do director nacional da Polícia de Segurança Pública, superintendente Luís Carrilho, proferidos nos eventos que marcaram as cerimónias de comemoração do 147.º aniversário do Comando Regional da PSP.

Para o parlamentar, os discursos do responsável máximo da instituição foram “vazios, inócuos e desrespeitosos para com os operacionais da PSP a cumprir missão na Região Autónoma”.

Francisco Gomes acusa também Luís Carrilho de “falar sobre os problemas do Comando Regional como se ele próprio não tivesse contribuído de forma decisiva para a sua criação e agravamento”, revelando o que o deputado diz ser “incapacidade total para assumir responsabilidades e corrigir erros de gestão que se acumulam há muito tempo”.

“Sinto vergonha alheia por ouvir o director nacional falar da falta de agentes na Madeira, quando foi ele mesmo que, no último concurso, decidiu colocar na Região apenas quatro efetivos, ao mesmo tempo que enviou vinte para os Açores. É demonstração de incompetência e um insulto aos homens e mulheres que servem com entrega e sacrifício a nossa Região”, sublinha.

O deputado na Assembleia da República sublinha ainda que Luís Carrilho ignorou “questões graves” que, na sua opinião, “afectam profundamente todo o corpo de polícia”, referindo-se concretamente: aos “suicídios que têm assolado a PSP, o aumento contínuo de baixas psicológicas e a ausência de medidas concretas para inverter o lastimável abandono a que os agentes foram votados pela Direcção Nacional”.

Para Francisco Gomes, este comportamento traduz uma “demissão de funções” e mostra que “a actual liderança não está minimamente preparada para responder às exigências que recaem sobre uma força de segurança fundamental para o país”.

Francisco Gomes conclui afirmando que o Chega “não permitirá que se perpetue o desprezo pela PSP e exige ao governo da República uma solução urgente que garanta respeito, dignidade e condições de trabalho adequadas aos agentes destacados na Madeira, sob pena de se assistir a uma degradação irreversível da confiança pública na instituição”.