O ninho de cegonhas que em janeiro gerou polémica em São João da Madeira por ter sido retirado de uma chaminé industrial desativada para construção de um supermercado já está recolocado no local, sendo utilizado pelas aves.

Em causa está o procedimento que, para construção de um novo estabelecimento da marca Lidl nesse concelho do distrito de Aveiro e da Área Metropolitana do Porto, obrigou a obras na histórica chaminé e à retirada da guarida que um grupo de estudantes, professores e bombeiros tinha criado há cerca de 30 anos para a espécie 'Ciconia ciconia'.

Devido à demora na reposição do ninho, e a alegadas discrepâncias entre a burocracia associada à obra e as licenças para intervenção no abrigo daquela que é uma espécie protegida, a situação foi contestada por ambientalistas, moradores e várias das pessoas envolvidas na construção do abrigo original das aves, originando, inclusive, uma queixa ao Ministério Público por parte da associação Iris.

A data estipulada pelo Instituto de Conservação da Natureza e Florestas para recolocação do ninho foi, contudo, cumprida pelo Lidl, sendo que, no mesmo dia em que o ninho foi reposto, esse foi fotografado com cegonhas já no interior.

Contactados pela Lusa, nem Lidl nem Iris comentaram a conclusão do processo.