
A candidatura da CDU informou esta quarta-feira que esteve esta tarde em contactos com a população no centro do Funchal, onde a cabeça-de-lista da candidatura, Herlanda Amado, disse que "a falta de soluções para o problema da habitação, face ao insuficiente investimento público e às erradas orientações da política de habitação, levou a que se agravassem os problemas de milhares de famílias que mesmo trabalhando e tendo um salário, não conseguem, por um lado, garantir o pagamento das prestações bancárias e por outro lado, não conseguem aceder a uma renda compatível com os salários auferidos".
A Constituição inscreve como obrigação do Estado garantir, a todos os cidadãos, o direito a uma habitação adequada para si e para a sua família, mas as políticas das últimas décadas, com total desresponsabilização do papel do Estado na intervenção pública, transformaram cada vez mais um direito fundamental, numa mercadoria ao dispor da especulação e da maximização do lucro. Herlanda Amado
E refere que "o aumento do preço das casas em resultado da especulação, os sucessivos aumentos das taxas de juro e o aumento significativo das rendas fizeram aumentar o peso dos custos com a habitação no orçamento familiar, agravado pela perda geral de poder de compra".
Herlanda Amado garante que "a CDU tem propostas concretas para garantir este direito Constitucional para todos, e entre outras destacamos a necessidade de alargar a oferta de habitação pública e de habitação a custos controlados".
Mas no caso particular da Região Autónoma da Madeira e tendo em conta as realidades dramáticas com que se confrontam milhares de famílias trabalhadoras, é urgente que o Estado assuma o seu papel e seja implementado um Programa de Emergência para a Habitação, da mesma forma que foram assegurados na chamada Lei de Meios, aprovada na Assembleia da República para fazer face à catástrofe do 20 de Fevereiro de 2010. Hoje vivemos uma catástrofe social e humano e só com verbas extraordinárias se pode intervir para resolver esta emergência social, e só com o reforço da CDU a 18 de Maio, este direito constitucional será consagrado em propostas para garantir que milhares de famílias trabalhadoras tenham o direito a uma casa condigna. Herlanda Amado