A CDU apelou, esta quarta-feira, à mobilização dos madeirenses contra a precariedade laboral, lembrando a génese do 1.º de Maio e salientando a importância de reivindicar um emprego com direitos, o direito à contratação colectiva, o aumento dos salários e de outros direitos, as 35 horas de trabalho semanal, alargando as reivindicações a serviços públicos de qualidade e a uma melhoria das obrigações do Estado na Saúde, no Ensino e na Segurança Social.

Em comunicado, aquela estrutura partidária aproveita para saudar todos os trabalhadores, por intermédio da USAM - União dos Sindicatos da Região Autónoma da Madeira, apelando à referida mobilização, no assinalar de mais um Dia Internacional do Trabalhador.

"Hoje existem na Madeira e no Porto Santo mais trabalhadores com contrato a termo, ou seja, o aumento do emprego na Região está a ser feito através de vínculos precários e dos baixos salários", garante a CDU, apontando para 18.900 trabalhadores madeirenses nessas condições, citando os dados estatísticos mais recentes. Neste número não estão incluídos os 8.400 trabalhadores a recibos verdes, nem 2.800 em situação de subemprego ou os 2.500 integrados em programas de ocupação de desempregrados.

Contas feitas, diz a CDU que na Região, "cerca de 32.000 trabalhadores são vítimas de uma mais intensiva exploração laboral. Ou seja, mais de 26% dos trabalhadores estão numa situação laboral sem estabilidade", razões que reforçam o apelo à mobilização das pessoas. "É preciso combater a precariedade, sinónimo de baixos salários, horários incertos, falta de direitos e garantias, essa instabilidade permanente, que compromete o futuro de todos, mas sobretudo o dos jovens e o desenvolvimento do nosso País", sustentam, em comunicado.