O FBI realizou, na manhã desta sexta-feira, uma rusga à residência de John Bolton, antigo conselheiro de segurança nacional de Donald Trump e um dos seus críticos mais declarados. A operação ocorreu na área de Washington DC e insere-se numa investigação sobre o alegado manuseamento de documentos classificados, segundo avançou a “Associated Press”, citando uma fonte sob anonimato.

A ação policial começou por volta das 7h00 na Costa Leste dos EUA (12 horas em Lisboa e 11 horas nos Açores) e foi inicialmente noticiada pelo New York Post”. O ex-conselheiro não se encontrava em casa no momento da rusga e disse à CNN desconhecer a operação, adiantando que procurava obter mais informações.

Durante o decorrer da busca, Bolton foi visto no átrio do edifício em Washington onde mantém um escritório, a conversar com duas pessoas com coletes do FBI. De acordo com a Associated Press, Bolton não foi detido nem constituído arguido.

De aliado a opositor, com um livro no centro da polémica

Bolton desempenhou funções como terceiro conselheiro de segurança nacional de Trump durante 17 meses, mantendo frequentes confrontos com o então presidente em matérias como o Irão, o Afeganistão e a Coreia do Norte. A Administração Trump tentou sem sucesso impedir a publicação de um livro de Bolton, alegando que continha informações confidenciais.

Já este ano, no seu regresso à Casa Branca, Trump retirou autorizações de segurança a mais de quatro dezenas de antigos responsáveis dos serviços de informação, incluindo Bolton. O ex-conselheiro esteve ainda entre um grupo de três antigos colaboradores cujas equipas de segurança foram canceladas.